O senador Wellington Fagundes (PL) minimizou as movimentações políticas envolvendo o prefeito eleito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), e sua aproximação com o vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos). Segundo Fagundes, o apoio do prefeito a Pivetta nas eleições de 2026 seria uma estratégia de governabilidade para a capital, sem impacto direto na disputa estadual. Ele acredita que essa relação não prejudica sua pré-candidatura ao governo de Mato Grosso.
No entanto, a dinâmica interna do Partido Liberal (PL) segue acirrada. A legenda, que tem ganhado força com novas filiações, como a do empresário Odílio Balbinotti Filho, enfrenta a possibilidade de uma disputa interna pela candidatura ao governo. Fagundes, que se considera o nome mais preparado, reafirma a intenção do PL de lançar uma chapa majoritária e independente, sem coligações na proporcional.
O deputado federal José Medeiros (PL), por sua vez, também relativizou o apoio de Abílio a Pivetta, classificando-o como natural, mas temporário. Medeiros afirmou que é improvável que Abílio contrarie as diretrizes partidárias nas eleições. Ele brincou com um possível cenário de aliança entre PL, União Brasil e Republicanos, sugerindo que Pivetta poderia ser candidato a vice-governador novamente, embora reconheça que nada está definido.
Enquanto o PL se organiza para fortalecer seu projeto estadual e nacional, outros atores já se movimentam. O governador Mauro Mendes (União Brasil) declarou apoio a Pivetta para o governo em 2026, descartando outras alianças. A preferência de Mendes alimenta especulações sobre a sucessão estadual, criando um cenário ainda mais competitivo para o pleito.
O PL enfrenta, portanto, o desafio de alinhar estratégias internas, fortalecer seu protagonismo em Mato Grosso e consolidar nomes competitivos. O embate entre Fagundes e Balbinotti pelo espaço interno, aliado à possível candidatura de Pivetta com o apoio de Mendes, indica que as articulações políticas ainda estão longe de um desfecho.