A operação “Rustius” ganhou um novo capítulo e com reviravolta na Capital Nacional do Agronegócio já que um portal de Cuiabá conseguiu confirmar que a polêmica apreensão de R$ 300 mil, em Sorriso, foi realizada pelo policial rodoviário federal Felipe Mesquita e sem mandado judicial. A ação tem levantado questões sobre sua legalidade e possíveis motivações políticas. A apreensão feita pelo policial acabou gerando na semana passada à operação da Policia Federal contra o candidato eleito Alei Fernandes (União Brasil), e de seu vice, Acácio Ambrosini (Republicanos).
De acordo com informações da própria PRF, a abordagem ao veículo foi feita sem ordem judicial, prática conhecida como “pesca probatória”. Embora não haja indícios concretos de dolo por parte do policial, a ausência de mandado abre margem para questionamentos sobre métodos investigativos, incluindo a possível utilização de escutas ilegais ou ações paralelas não autorizadas.
Outro fato que chama atenção é a filiação de Mesquita ao MDB, mesmo partido de Damiani, candidato que foi derrotado por Alei na eleição. Além disso, fontes ligadas ao emedebista indicam que o policial teria sido cogitado para assumir o cargo de Secretário de Segurança de Sorriso, caso Damiani fosse eleito prefeito.
Essas revelações lançam dúvidas sobre a imparcialidade da ação e sugerem a necessidade de uma investigação mais aprofundada. A corregedoria da Polícia Rodoviária Federal e o próprio Mesquita ainda não se pronunciaram sobre o caso.